Capítulo 137
Capítulo 137
Felipe se endireitou e agartou o copo de leite que estava sobre a mesa de centro, tomando–o de um só gole, como se quisesse apagar um fogo interno.
Por que ele tinha a sensação de que tinha sido enganado por aquela mulher novamente?
Mas esse maldito jogo, realmente, não tinha solução.
Era o desejo de vitória de um homem.
Ele definitivamente não podia ser superado pelo Elton!
Bruna saiu da cozinha com uma bandeja de frutas e sorriu levemente: “Namorar é uma questão entre duas pessoas, mas o casamento é uma questão entre duas famílias. Uma vez que um casal se casa, não é apenas uma questão de ter um parceiro, mas também uma questão de ter uma nova família. Por isso, é importante considerar não apenas o parceiro, mas também a família do parceiro. Discussões e disputas ocasionais entre marido e mulher são normais, afinal, que casal não enfrenta desafios, e que família não tem seus conflitos?”
Ângela Alves assentiu: “Por isso, é melhor conhecer bem um ao outro antes de casar, entender a pessoa e a família dela.”
Felipe permaneceu em silêncio. Se fosse realmente a mulher que ele queria casar, nenhum problema seria um problema, porque não havia nada que ele não pudesse resolver.
Bruna voltou para o quarto, decidindo que outro dia iria passear pela livraria e comprar alguns livros sobre relacionamento conjugal para o Senhor e a Ângela.
Ângela Alves mordeu uma maçã e disse baixinho: “Como vai a investigação sobre o caso da
Helena?”
“Não se preocupe, eu vou esclarecer tudo.” Content (C) Nôv/elDra/ma.Org.
Ele falou com uma voz indiferente, já tinha localizado o IP de onde surgiram os boatos, mas decidiu esperar antes de agir.
Ângela Alves não perguntou mais nada e ligou a televisão, acomodando–se no sofá.
“Vou assistir a essa novela. É uma produção da Mídia Maribrilho, super popular. A Mídia Maribrilho tem um ótimo olhar, seus artistas não são apenas belos, mas também talentosos. Especialmente o nosso Enzo, a futura estrela ascendente.”
Felipe deu um leve sorriso de escárnio, como quem vende suas próprias mercadorias com orgulho.
“O mundo do entretenimento é cheio de competição e fofoca, não se deve ter expectativas muito altas. É melhor encarar as coisas com naturalidade” Ângela Alves o olhou de relance, piscando suas longas pestanas, um brilho travesso nos olhos, “Não tem jeito, nosso Enzo entrou no projeto com investimento próprio, tem gente grande apoiando, não vai ser um
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sucesso comum.”
Felipe ficou repentinamente alerta. “Que grande apoio?”
Ângela Alves sentiu o frio daquele olhar e rapidamente pegou uma almofada para se proteger, “Precisa perguntar? Está longe, mas ao mesmo tempo tão perto.”
A tensão era palpável, como se uma espada estivesse sobre seu pescoço.
“Pelo menos está consciente disso.”
Felipe levantou a mão e passou–a suavemente pela cabeça dela, seu olhar se suavizando, palavras que o agradavam poderiam ser ditas mais vezes.
Ângela Alves discretamente mostrou a língua, “Viver com o rei é como viver com um tigre“,
ela não estava errada.
No dia seguinte, quando ela chegou à empresa, Ema estava discutindo o estado de saúde de Helena com Nara Coelho, do departamento de design de produtos para o lar.
Ontem, elas foram juntas ao hospital para visitar Helena. Nara suspirou baixo: “Não esperava que os ferimentos da Helena fossem tão graves, ela pode até ficar com cicatrizes.”
“Ela tem pernas tão bonitas, se ficar com cicatrizes, como vai usar minissaias?” Ema disse isso, lançando um olhar para Ângela Alves, quanto mais tranquila a outra parecia, mais ela se sentia indignada por Helena.
Nara sussurrou: “Você acha que isso tem algo a ver com Ângela Alves?”
Ema resmungou: “Com certeza foi ela, quem além dela e da Tina teria tanto ódio da Helena? Os pais da Helena queriam chamar a polícia, mas foram impedidos por ela, que disse que era melhor resolver as coisas internamente, pois eram todos colegas de trabalho. Helena é mesmo muito boa.”
Nara balançou a cabeça: “Difícil acreditar que Ângela Alves seja tão cruel.”
Ema cuspiu: “É o que acontece quando os baixinhos ganham poder, desde que derrubou a Kelly, ela se acha, nem se lembra mais de onde veio. O mais ridículo é que ela vive indo ao escritório do chefe
para qualquer bobagem, aposto que o chefe ao vê–la já sente dor de cabeça. Ela é um abacaxi quente na mão dele.”