Capítulo 7
Capítulo 7
Capítulo 7
Santiago deixou sua irmã e seu sobrinho em casa antes de retornar ao estúdio para finalizar um projeto urgente. Aproveitando a ocasião, levou o carro. Inês preparou uma marmita para ele, dizendo: “Não se mate de trabalhar, viu?”
Santiago respondeu: “Manter vocês realmente exigem esforço. E olha que ainda nem encontrei uma esposa.”
Inês bateu à porta na cara do irmão, enquanto Amado gargalhava no sofá: “Tio solteirão!”
Inês sorriu também: “Você se divertiu hoje?”
Amado acenou afirmativamente: “Demais!”
“Ótimo, lembre–se de agradecer ao tio quando ele voltar…”
“Agradecer ao tio” – Amado repetiu, os olhos brilhando: “Entendi, mamãe.”
Inês considerava ter um filho tão perspicaz como ganhar na loteria!
Quando estava prestes a ir dormir, após arrumar a casa, a campainha soou.
Inês, ainda limpando o chão, pediu a Amado para atender a porta. O menino saltou do sofá e correu com suas pequenas pernas: “Será que o tio esqueceu algo…”
Ao abrir a porta e se deparar com quem estava à frente, a expressão de Amado mudou drasticamente.
Noe não esperava que fosse ele a abrir a porta. Havia imaginado vários cenários paral esse reencontro após cinco anos: talvez Inês o recebesse com frieza, surpresa ou até mesmo raiva. Mas nunca imaginou que seria seu filho quem o receberia.
Ao encarar Noe, Amado sentiu um aperto no coração e, num impulso, fechou a portal na cara dele.
Que situação! Na primeira vez que Noe visita a casa, é recebido com a porta na cara!
E ainda por um menino!
Contudo, não pôde deixar de se sentir um tanto orgulhoso ao ver que seu filho tinha seu próprio temperamento, e tocou a campainha novamente.
Nesse momento, ouviu a voz de Amado: “Mãe, não é ninguém. Deve ser pegadinha do vizinho!”
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Noe ficou enfurecido: “De onde esse moleque tirou coragem para mentir descaradamente?!”
Então, ele chutou a porta com força, fazendo Amado se voltar para Inês: “Mamãe… tem um homem bravo na porta…”
“O que aconteceu?” – Inês correu para abraçar Amado. Ao ver a expressão dele, temeu por sua segurança. Com Amado nos braços, ela recuou alguns passos.
“Mamãe, fica tranquila. É o Sr. Noe.”
Inês sentiu um frio percorrer sua espinha!
Por que ele apareceria ali? Como ele soube onde encontrar ela e Amado? Ele veio para levar o menino?
Com o coração apertado e lágrimas nos olhos, Inês afirmou com convicção: “Fical sossegado, meu bem, eu nunca te deixaria nas mãos dele.”
Ouvindo isso, Amado foi abrir a porta corajosamente. Noe estava prestes a chutar novamente quando a porta se abriu. Ali estava o menino, a cara de seu pai, com um olhar desconfiado: “O senhor quer falar comigo?”
Noe esboçou um sorriso sarcástico: “Não vai convidar seu pai para entrar?”
“Eu não tenho pai” – Amado respondeu de prontidão: “Foram só eu e minha mãe nos últimos cinco anos. Não tenho pai. E não preciso de um.”
Inês, ao ouvir isso, teve os olhos inundados de lágrimas. Que criança sensível!
Noe, parado na entrada, fixou o olhar em Amado: “Você não precisa de um pai?”
“Sr. Noe, minha mãe e eu sempre vivemos bem, sem incomodar ninguém. Se o senhor tem algo a dizer, fale logo e depois pode ir embora.”
Amado se referiu a Noe Serpa como “Sr. Noe” – seguindo o exemplo dos adultos, e Noe sentiu um incômodo ao ouvir aquilo.